quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tipos de filmes

O mamute tem andado a observar que ser argumentista na teoria não é assim tão difícil. Se querem fazer um filme que venda milhões, é simples. Se repararmos bem, todos os anos saem milhares e milhares de filmes reciclados para as salas de cinema por esse mundo fora. No fundo bastava existir um filme no mundo. O nosso cérebro não ia perceber a diferença.

Eu dividi então esses tipos de filme nas seguintes categorias:

Filmes de catástrofes: Há um furacão, um dilúvio, um desastre qualquer que por alguma razão só afecta os Estados Unidos. Personagens: Um cientista divorciado da mulher que trabalha horas a fio e tem a casa num caos. A mulher é casada com outro que por sua vez é sempre um totó e a dita cuja ainda está apaixonada pelo ex marido só que não sabe. O americano heroico detecta a catástrofe, ninguém acredita nele até que as coisas começam a acontecer subtilmente e de repente já é uma avalanche nacional. Alguém na casa branca avisa o presidente da seguinte maneira “Sir, you have to see this.”, (a frase usada não pode ser outra, tem de ser sempre esta), e as estradas são cortadas. O fim do mundo inicia-se, morre toda a gente, o cientista vai tentar salvar a mulher e os filhos enquanto toda a gente à volta morre e é nesse momento que ela se apercebe que ainda o ama. O mundo é destruído e eles vivem felizes para sempre. Fim.

Filmes de adolescentes parvos: Um puto gosta de uma miúda que namora com o bonzão que é burro que nem uma porta e joga rugby ou outro desporto qualquer. Esse dito puto e os seus amigos que são um gordo e um ruivo totó engendram planos para a conquistar, ele consegue, anda à porrada com o bonzão, ela fica do lado dele, depois descobre que o puto fez um plano qualquer para ficar com ela, ela acaba com o puto, ficam os dois tristes e de repente pensam “MAS NÃO!” e ficam juntos para sempre. O gordo e o ruivo totó entretém-se durante a película a ver gajas boas. No meio disto e sabe-se lá porquê surge uma festa numa casa enorme com piscina onde toda a gente se embebeda. Fim.

Filmes de terror: Uma família vai viver para uma casa cheia de pó (onde ninguém queria morar de qualquer maneira) e que tem fantasmas mas eles não sabem. Começam a acontecer coisas estranhas a pouco e pouco e às tantas é apocalipse. Depois descobrem que morreu lá alguém mas o fantasma não é mau e só está a pedir ajuda. Pode haver anéis ou outros objectos de família com cem anos envolvidos. Eles resolvem lá a cena do fantasma mas mudam de casa porque entretanto aquela acabou por cair aos bocados. Não sei quantos meses depois vê-se outra família que deve ser estupida a mudar-se para a casa outra vez com a sensação de “continua... Muahah!”. Fim.

Comédias românticas: Praticamente iguais aos filmes de adolescentes parvos, mas com actores acima de 30 anos e sem a nudez e as bebedeiras.

Filmes de vencedores: Este pode dividir-se em duas categorias. A primeira é basicamente é um miudo ou miuda que é do gueto e tem o sonho de ser bailarino ou cantor ou palhaço ou o que quer que seja, mas toda a gente lhe diz que é impossível. Um dia aparece um professor que o incentiva e ele pensa que vai conseguir realizar o seu sonho até que acontece um imprevisto, tipo o circo da cidade não aceitar mais palhaços, e ele desiste. O professor diz-lhe “mas não, tens de continuar!” e ele não quer mas depois pensa duas vezes e aparece no circo onde o professor está na plateia a assistir. Todos sorriem, batem palmas, ele ganha a competição e vivem felizes para sempre. A segunda é uma turma de pessoas do gueto mal comportada que se recusa a aceitar o professor e o professor tenta ser do gueto como eles mas eles riem-se. Depois o professor começa a entranhar-se nos seus corações e de repente toda a gente o adora. A sequencia é a mesma da primeira história, sendo que nesta a turma inteira é que é palhaça no fim, em vez de um só miudo. Fim.


É tudo. Se alguém tiver outro género a sugerir ou se eu me lembrar, postarei. Boa sorte para os futuros argumentistas que por acaso leiam isto.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dicionário de Português - Lisboeta

Tenho vindo a observar, como Mamute bem alfacinha que sou, o que as bocas do povo por essa linda Lisboa fora apregoam. Reparo que em todos os pontos do país, os sotaques são bem marcados e referidos em diferentes contextos em tom de sátira. Quem é que nunca imitou o carregado sotaque do porto ou o cantante sotaque algarvio? Não há que enganar. Mas noto que este país parece ter-se esquecido de um sotaque muito particular, é esse o nosso belo sotaque lisboeta.
Atreveria-me até a dizer que se criou uma espécie de dialecto lisboeta que poucos estrangeiros, por mais português que aprendam, entenderão. Decidi então criar um dicionário de português - lisboeta para que fique mais clara a sua compreensão.
Primeiro que tudo eu divido o lisboeta em três categorias: o típico barrista lisboeta, o lisboeta citadino e o lisboeta jovem. Todos eles têm expressões comuns e outras diferentes. Vamos a isto:

Mnhé - Mulher. Esta abrange as camadas mais adultas. Ex. "Aquela mnhé passou-me à frente".

Mnhó - Melhor.

'Tás - Estares. (também pode servir para estás) Englobo com a palavra de cima o exemplo: "É mnhó tás quieto."

Cás - Carlos.

Cáxa - Caixa. (serve também para baixa)

Pache - Peixe.

Comê - Comer. (funciona para todos os verbos, também em A, como "pensá". Na camada popular é mais aplicado o "Comere, fazere, etc.) Ex. com a palavra acima referida "Não vais comê o pache?"

Pfum - Perfume. (geralmente mais aplicada às camadas jovens)

Mêm - Mesmo. Ex. "Esse pfum cheira mêm bem".

Qués - Queres.



E por hoje é tudo. Se me for lembrando, acrescentarei mais palavras ao dicionário. Aceito sugestões e andarei atentamente de caneta e bloco em punho nos transportes da carris.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Cai-cai.

Ora bem, eu não percebo nada de futebol, mas... Caicedo? Estava eu tranquilo no meu sofá, como só os mamutes sabem fazer, quando passivamente via o jogo do sporting enquanto escutava o relato. Normalmente o meu cérebro mamutesco desliga após cinco minutos de relatos, mas não pude deixar de ouvir as seguintes palavras “E queda de Caicedo”. Queda de Caicedo. Serei só eu? Como é que um jogador de futebol de pode chamar Caicedo? Cai... cedo. Pimba, já caiu. É a mesma coisa que eu trabalhar num restaurante e chamar-me Manuel Leite Azedo. É agoirento, no mínimo. Ninguém ensinava este rapaz a escolher um nome mais feliz? Toda a gente sabe que os nomes de jogadores nunca foram lá muito felizes. Mas um Deco, por exemplo, não chateia lá muito. A menos que os consumidores lhe batam à porta a meio da noite a fazer queixas, acho que não interfere na carreia do senhor sob forma de maldição. Ou mesmo um Luís Figo, que aparte de alguns comentários do género “Chamava-te um Figo!”, as repercussões não devem ser penosas. Agora, Caicedo? Eu sugeria rapidamente uma mudança de nome, até porque o senhor pelos vistos tem mesmo tendencia para cair, e assim, ao menos que caia tarde.

Oh, diabo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eles.

Como já devem ter reparado, eu tenho uma espécie de curiosidade por fenómenos, e um dos fenómenos que me intriga bastante é o fenómeno “Eles”. Várias vezes nos telejornais, oiço pessoas indignadas a gritarem “A culpa é deles!”. Ou então, quando falha a emissão de televisão ouve-se, “Ah, isso é deles.” Ou ainda quando estamos à espera de receber alguma coisa por correio, “Olha, eles não mandaram nada”. O que é isto, pergunto-me eu e respondo-me a mim mesmo (como diz o outro)? Será que há uma entidade secreta chamada “ELES” que existe somente para lixar a vida das pessoas? E, se sim, qual o significado da sigla desta maléfica seita? E.L.E.S. Estranhos que Lixam os Espertalhões da Sociedade. Será? O que é certo é que toda a gente já foi vítima deles. Ninguém lhes conhece a cara mas todos já sofreram represálias deste grupo terrível e extremamente organizado que aterroriza multidões em massa. Até eu já sofri na pele. Outro dia telefonei para a TV cabo para virem cá a casa, e até hoje ELES não me disseram nada. Tramado. Termino com um aviso a todos os leitores do blog para que tenham muito cuidado. Vocês podem ser os próximos.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Verdadeiras velhices.

Os Mamutes também frequentam assiduamente o ginásio. Como tal, o contacto com seres humanos é inevitavel. O fluxo matinal do ginásio é sobretudo composto por um um grupo de pessoas fantásticas chamadas “idosos”, obrigando-me assim ao contacto com os mesmos. Idosos no ginásio. É sem dúvida uma experiencia agradável visto que estas pessoas são normalmente faladoras e amigáveis e procuram sempre um dedinho de conversa. Tudo desde o clássico “calce o chinelinho para não apanhar funguinhos no banho!” ao não menos bom “ponha cadeado no seu cacifo, olhe que anda aí muita ladroagem!”. Um serviço completo de médicos, balcão de informações, psicólogos, terapia de grupo, por aí adiante. Um espectaculo. Peçam-lhes um conselho que eles sabem tudo. A secção de medicina é sem dúvida a minha preferida, começando pelo “Os meus ossos parecem pó.”, passando pelo “Isso é da gripe que anda aí”, e acabando no “A mim não me apanham eles a tomar a vacina!”. Basta juntarem-se em grupo e a competição para ver quem teve o maior número de AVCs é mais renhida que um benfica-sporting. “Já estou velho para este tipo de coisas” é o grito de guerra e o agitar de braços flácidos na piscina de hidroginástica é a dança da claque. Um corropio delicioso de cabelos brancos, cuecas de gola alta, falta de massa óssea e cheiro a naftalina. Recomendo a experiência.

Velhices.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

É isto.



Aproveito para agradecer o post de hoje a uma pessoa que também tem muita cabeça e que é o maior.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Não vá o diabo tecê-las...

Pouca vergonha.

Uma das frases mais ouvidas por parte dos entrevistados nos telejornais, sobretudo aqueles acima dos 50 anos e reformados, é a seguinte: "Isto é uma pouca vergonha!", não só, mas sobretudo no que refere ao meio político.
Analisemos o conteúdo da dita frase. Pouca vergonha. Ou seja, falta de vergonha. A falta de vergonha é algo negativo e deixa o nosso querido povo descontente. O zé povinho considera que os políticos têm pouca vergonha e que isso tem consequencias negativas para o nosso Portugalinho. Por conseguinte, a governação ideal do nosso país segundo essas pessoas seria a de ter "muita vergonha". Pouca vergonha, mau. Muita vergonha, bom. Os políticos, de forma a fazerem o seu trabalho decentemente, deveriam portanto ter muita vergonha.
Aqui vai então uma amostra ilustrativa de como seriam os discursos, por exemplo, do nosso primeiro ministro, segundo a visão ideal do caríssimo povo português.

domingo, 25 de outubro de 2009

Modelices...

Modelo. A profissão da Moda. Moda, modelo, faz sentido. Zappava eu por entre todos os fascinantes canais da televisão portuguesa no outro dia, quando apanhei um programa chamado "Elite Model Look 2009". Fiquei a ver por causa de uma senhora chamada Maria João Bastos que estava lá a cantar com a sua banda tipo sacrifício de um porco aos guinchos. De qualquer maneira, acabei por ver o programa até ao fim e deparei-me com o seguinte: 30 Teresinhas de Cascais com a mesma cara, o mesmo corpo, a mesma anorexia e a mesma musica preferida dos Black Eyed Peas. Fiquei à espera, já agora, para ver quem é que ganhava e até fiquei surprendida... Foi a Teresinha de Cascais e a sua música preferida é a dos Black Eyed Peas! Uaaau! Não me contive.
Esse programa remeteu-me um bocado à infância, quando eu ia ao supermercado tentar convencer os meus pais a comprarem-me uma Barbie e a resposta era, "Outra, Mamute? Mas já tens tantas iguais." Acho que é mesmo esse o objectivo.
De qualquer maneira só pode ser ilustrado com isto.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Coisas que irritam solenemente um Mamute - II

Desta vez fala-se do fenómeno "Presente". Ora, um presente. Um presente é aquilo que se costuma dar a alguém em ocasiões especiais, outras nem tanto, outras mesmo nada. Mas toda a gente sabe o que é. Será que sabe? Não. Pois bem, acontece que os senhores da comunicação social, nomeadamente o pai da expressão, José Rodrigues dos Santos, inventou um novo significado para esta festiva palavra. O Presente agora é nada mais nada menos do que o senhor que governa o nosso país. Isso mesmo. Cavaco Silva abandonou então o seu importante cargo de Presidente para se dedicar à "presencia" da República.
A este grupo de novas funções juntam-se os "mastrados" que fazem a sua "candatura".
Será que ninguém deu por isso e Cavaco Silva de repente começou a aparecer envolto em papel de embrulho durante os seus discursos? (Políticas à parte, lá é verdade que ele me saiu uma bela prenda)
Fica a questão.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cuidado com o que dizem...



Ou desgracinhas acontecerão.

Coisas que irritam solenemente um Mamute - I

Venho por este meio falar do fenómeno "Júsé". Este fenómeno é nada mais nada menos do que uma nova adaptação do nome "José" por parte dos locutores de televisão. Provavelmente ninguém repara nisto, mas cada vez que eu oiço alguém a dizer "Júsé Sócrates" apetece-me descobrir onde é que a dita pessoa mora, subir para o andar de cima do seu prédio à espera que ela vá estender a roupa à janela e, pegando num piano de cauda préviamente comprado numa loja de música, atirá-lo para cima da cabeça da mesma. Ou dar-lhe um chapadão.
É isto. Meus senhores, "Júsé" não. "José". Não é Zé, não é Júsé... é José.


Um pequeno exemplo do fenómeno "Jusé", aos 00.50.